A tempestade está lá fora. Bate forte em minha porta. Ressoa com os pingos na janela, o vento corre a me chamar. Mesmo trancada aqui dentro de minh'alma ainda os posso ouvir.
Não abri. Não os deixei entrar. Mas ainda que minha porta continue fechada, arranhada pelo doce movimento dos ventos apressados do norte, dentro de mim há apenas destroços. Não, não foram os ventos, nem a chuva, nem as ondas, nem o escuro céu de lá de fora. A catástrofe foi aqui dentro. A castástrofe sou eu.