terça-feira, outubro 30, 2012

Now I believe in me.

É mágico o momento em que você se encontra dentro de si mesmo, depois de longo tempo sentindo-se perdido. Ainda mais mágico é descobrir que você, por si só, basta. Seu ego. Seu ser. Você. Descobri que não importa o quanto você ame ou sofra, chore, grite, lamente: a vida continua. A vida é uma ampulheta preenchida por minúsculos grãos de alma. Sua vida. Sua alma. E eu descobri que é seu dever decidir se, no fim do tempo, sua alma estará inteira ou completamente fragmentada. Você tem o poder de unificar a sua alma, os seus eus. Só você pode se descobrir, porque também não importa o quanto você ame ou é amado, o quanto você confia nas pessoas ou o que você seria capaz de fazer por elas: ninguém irá lhe descobrir se não você mesmo. Você decide o que será, quem será, e só. Cada um sabe as dores, amores e cicatrizes que compõem o seu ser. Sua alma ainda está dividida em minúsculos grãos, contando todo o tempo do seu mundo. Não se perca de si mesmo e nunca menospreze sua essência. Viva de forma que, de tanto cultuar tua essência e seres quem tu és, a ampulheta do tempo se quebre e transborde com sua alma. Seja, verdadeiramente, intensamente, completamente você. Aceite-se. E principalmente: descubra-se. Pois é certo que você está mergulhado em um mundo onde todos aparentam ter certeza sobre tudo mas sequer sabem quem são.

sexta-feira, outubro 26, 2012

Aquilo que não se pode explicar aos normais.

Verdade é que os ventos vindos com o tempo trazem consigo sentimentos que antes não estavam aqui. Com o tempo você se apaixona, não por uma pessoa, mas por um bocado de defeitos e rasuras, cicatrizes que estão cravadas no coração alheio. Você aprende a gostar daquilo que antes lhe irritava ou trazia rancor. O tempo tem esse poder, sabe? De juntar pessoas, ou de afastá-las. Mas ele o faz tão bem que, uma vez despertada essa magia estranha que lhe faz aceitar o outro, nada mais faz sentido a não ser a entrega. O encontro. Que seja pensar no outro antes de si mesmo e, isso sim, eu chamo de amor. Sem restrições. Para mim amor é isso, é entrega, é altruísmo. É ter a coragem de ficar, mesmo sabendo que o outro é imperfeito, mesmo sabendo que dependência implica em conexão, e conexão só existe se ambos os lados estiverem em sintonia. E lá estará você, mais uma vez, esperando de braços abertos. Amor é isso: abrir os braços e enfrentar a tempestade a sua frente. Amor é coragem, sabia? O amor te transforma, - em tolo -, mas sem ele você nunca teria saboreado as gotas frias da chuva escorrendo pelo seu rosto, tampouco ouvido os sons que os ventos trazem consigo. Só um tolo enfrenta uma tempestade assim, de braços abertos, sabendo que esperar é perigoso, e ir até o meio da tormenta, suicídio. Mas amor é coragem. Amor é olhar para alguém e reconhecer nele tudo aquilo que você não tolera, e ainda assim se arriscar por ele. Pena, contudo, que na maioria dos casos o amor vai lentamente se desfazendo. Porque o humano é frágil, e mesmo que tolo, ele para de se aventurar quando a tempestade deixa de ser um fascínio e passa a ser um pesadelo. Aí, quando o tolo - ou tolos - se transformam em covardes, o tempo age para afastar. E ele o faz ainda melhor. É quando o tudo vira nada, e você precisa fugir daquele abrigo que você escolheu para ser sua fuga. Todo o resto se vai. Perdido. Ou perdidos. Uma vez que acaba, acaba. A tempestade vai embora, arrasta todas as suas estruturas, destelha sua mente, escancara as portas da sua alma. E aí, você passa a ser dor. Eu nunca desejaria a ninguém um mal como esse. O mal de ser dor, apenas dor e mais nada. O tempo continua, ele é implacável, impossível. Ele, lentamente, transforma você, que se tornou dor, em uma apatia cansativa, uma desesperança morta. E é por isso que todo o resto se vai, sabia? Ao final de tudo, a única coisa que você precisava para ser um tolo era ter coragem. E isso vai além de nossa zona de conforto e egoísmo. Dura alguns meses, talvez anos, mas se você não tem a coragem necessária para se jogar completamente num dilúvio incerto, onde você vive ou morre, sem meios termos, então você nunca deveria ter tentado. Amor é, mais que tudo isso, merecimento. Ou você é corajoso o suficiente para amar, ou nunca será digno de ser amado. É tudo ou nada.

terça-feira, outubro 16, 2012

Culto a.

Palavras nunca vão demonstrar o que o amor pode mostrar, simples e só vivendo isso pra saber. - Diego Jones Gleizz, você será eterno em mim.

Acabou. Boa sorte.

Ficar bem nem sempre deixa outras opções. É estranho quando as coisas simplesmente têm de terminar. É o estágio onde todos os sentimentos já evoluíram para um nada. É o nada que você optou para parar de sentir dor. No início você briga, chora, faz drama mexicano. Então percebe que é cansativo demais manter esse jeito de levar as coisas. Acostuma-se… Não que pare de doer, mas que cai no seu entendimento que às vezes perdemos algo e não há solução. No fim você coloca um sorriso no rosto e finge que é sincero, até que a vida o faça realmente ser. Talvez os amores eternos sejam amenos e os intensos, passageiros. É isso. - (Autor desconhecido)