sexta-feira, julho 04, 2014

I can't sing a love song.

Você tinha um sorriso tão bonito, tão frouxo, tão natural. Gargalhava solto, deixava colorido tudo ao redor. Espontâneo, divertido, de verdade. Era uma graça. Trazia graça. Fazia a graça na minha vida. Parecia que esse era mais um daqueles casos em que há distância onde deveria haver presença. Mas sabe, depois de um tempo, seu sorriso já não era mais seu. Já não era natural, poucas cores despertava. Foi então que eu percebi, alguém roubou o seu sorriso. E como poderia esse alguém conviver com esse sentimento de culpa, por ter tirado tanto de você? De nós? Depois de tanto tempo, a herança deixada foi uma falta doentia, um buraco. Como posso tirar de quem só me acrescenta? Como posso machucar alguém que, lentamente, tenta cicatrizar minhas feridas? Eu não posso cantar uma canção de amor. Eu não sei amar. Eu exijo, eu quero. Mas eu não sei o gosto do amor, eu não sei a cor, a textura. Eu me perco tentando descobrir. E nesse caminho, acabei deixando você. Depois de ter tirado, depois de ter machucado. Te deixei por você, que sabe exatamente o tamanho do amor que dá e que merece receber de volta. E é grande, é muito. É muito de uma coisa que eu não tenho pra oferecer. Então eu sai da minha zona de conforto, do meu abrigo, deixei esse meu jeito 'empurrando com a barriga' e pensei no mal que eu andava te causando. E se você me deseja o bem, eu te desejo amor. O amor que você merece. Então, eu desisti de um 'nós', investi minhas fichas em um você de sorriso bonito, frouxo e natural. Sem mágoas, decepções ou cobranças. Sem alguém tirando seu sorriso. Enquanto isso, eu tento cantar uma canção de amor.

quinta-feira, julho 03, 2014

Deep down,

(...) Que lá, bem no fundo, ela é uma pessoa linda e amável. Uma pessoa boa, uma alma gentil. Que bem lá no fundo ela só queria ser aceita. Era tão simples, não é, pequena? Mas qualquer que seja a questão que envolva outras pessoas não pode ser fácil, pode? As pessoas são sempre tão difíceis... por isso, o adeus.