03 de Maio, Bahia, Brasil.
Amado,
Continuo mantendo aquela confortável distância, saudável distância entre meus sentimentos e desejos e essa cruel realidade que nos cerca. Sei que, de fato, estou pisando em nuvens, sonhando acordada, sentindo-me leve. Isso, confesso, deve-se muito mais a você que a mim e, por tanto, escrevo-lhe em agradecimentos e, acredite, admiração.
Mas nunca em confiança, infelizmente. Alimento muito poucas esperanças em relação ao que será de nós daqui para frente se é que algum dia chegamos a ser um nós. E, muito embora penso que podes estar mentindo, agradeço-te, caio de gratidão e adoração à seus pés por, mesmo que sendo uma farsa, fazer-me tão bem.
Sinto-me dividida entre acreditar e correr um sério risco de sofrer novamente ou não acreditar e cair na bobagem de não aproveitar os poucos momentos que ainda virão com você.
Verdade mesmo é que te amei, estranha e profundamente e sofri por um tempo quase que infinito, sentindo todas as consequências de perder você. Mas permito-me, apesar dos maus momentos e através das lágrimas continuo aqui a esperar-te.
Porque todas as milhas que nos separam desaparecem agora, quando estou sonhando com seu rosto.
Incondicionalmente,
Polliana Magalhães.
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