quinta-feira, agosto 28, 2014
Carta ao estranho.
Olá, estranho!
Sinto muito não ter lhe respondido no momento certo, muito menos da maneira que você queria. Mas, quando se trata da minha pessoa, isso é muito mais do que você deve esperar.
Tenho estado ocupada. Ou me ocupando meio que instintivamente para que não me envolva demais com qualquer outro assunto que não seja saudável ou que possa vir a me causar arrependimentos futuros.
Sim, como você tinha dito, eu não sou quem era antes. Sou imprevisível. Facilmente afetada. Expansiva e raivosa. Inconsequente.
Continuo sem boas notícias, meu caro. As coisas estão melhorando lentamente. Em guinadas intercaladas por uma eternidade de mesmice. Mas melhorando. Acredito que em alguns anos estarei pronta para a vida, visto que para a morte estava preparada há muito tempo...
Hoje não estou pronta para nada. Não sou mais uma criatura ávida pela morte. Não tenho pressa para viver abusivamente. Tenho existido e é tudo que sei. Estou satisfeita aqui.
Como tinha perguntado, as dores são muito mais físicas agora. Choro com frequência, embora muito menos que antes. Não estou completamente infeliz, não faço planos e diminuo minhas expectativas para que não haja futura decepção. A vida é como é, você me ensinou há muito tempo.
Não sei quando voltarei a te escrever, espero que nesse meio tempo você fique bem. Assim que a chance aparecer te contarei mais sobre quem sou. Assim que eu descobrir.
Atenciosamente.
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