terça-feira, agosto 30, 2011

Distância.

Outra vez. Não fosse trágico estaria sorrindo agora. Não fosse o choro, quem sabe. Essa tua influência sobre meu humor as vezes me diverte. As vezes me mata. Por vezes me faz querer matar. E eu sinto que o conheço. E você brilha, ainda que discretamente. E eu vejo isso. Você é irritante, estúpido e orgulhoso. Extremamente orgulhoso. Acabei por me tornar orgulhosa também, impetuosa. E cheia de raiva de você. Por isso grito. Por isso perco minha já escassa paciência. Tua habilidade em tirar-me do monótono, em ser especialmente perturbador, e, principalmente, essa desconfiança tão persistente... as odeio profundamente. E esse ódio se espalha quanto mais penso em quanto você me tira o sossego. É certo, contudo, que passará. Ainda mais certo é que amanhã pela manhã tudo o que ficará será o ciúme que me causou, momentaneamente. E vergonha. E o quanto lhe pedi para segurar minha mão e fui ignorada. E até, quem sabe, as saudosas lembranças de um tempo em que conseguiamos coexistir pacificamente. Isso parece ter sido há tanto tempo! Antes da páscoa, quem sabe... antes da próximo dia chegar.
O ódio vai se dissipando. Porque você ainda está aqui?







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