segunda-feira, junho 20, 2011

Estrelar.

Pobre menina. Toda preenchida por amor e alma. Tão ávida de fé. Tão pronta. Tão entregue. E já tão cansada. Cansada do apego, desapego, humanidade desumana, da solidão, falta de carinhos, de palavras de afeto, de companhia. Cansada - e triste - por ter se abandonado pelo caminho. E agora, tão perdida de si mesma, tão sem direção, sente o torpor preencher o que antes era ocupado por amor, porque a alma, ah! a alma ela não pode perder, a alma não faz parte dela, a alma é, existe em todo o seu ser. Tão humana a menina, parece morrer um pouco a cada dia. Melancólica, exagerada, tão doce. Esse desespero, essa incerteza. E aquela esperança, aquele brilhozinho de esperança que transparece nos olhos, aquilo que a faz levantar todos os dias. Levantar... para cair novamente. Porque é para isso que estamos aqui. E hoje ela sabe. Só não conseguiu - ainda - reconstruir as velhas imagens daquele belo futuro. Ou reacreditar. Ou até, quando possível, reamar. De todos, aposto em reamar. Sabe, o coração dela, ah! é tão profundo. É escuro, é verdade. Cheio de marcas, cheio de falhas. De faltas. Cheio. O coração dela guarda um lugar para aqueles que a façam sofrer, porque são humanos, mas que tenham boas intenções, e bons corações. E a amem. Por favor, a amem. E assim ela perdoa, porque ela, ah! ela é feita de alma.

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